Em 1958 é substituída pela tipologia de Aziz Ab´Sáber, que acrescenta duas novas unidades de relevo. Uma das classificações mais recentes (1995), é a de Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP. Seu trabalho é baseado no projeto Radambrasil, um levantamento realizado entre 1970 e 1985 que fotografou o solo brasileiro com um equipamento especial de radar instalado num avião. Ross considera 28 unidades de relevo, divididas em planaltos, planícies e depressões.
O relevo brasileiro tem formação antiga e resulta principalmente da ação das forças internas da Terra e da sucessão de ciclos climáticos. A alternância de climas quentes e úmidos com áridos ou semi-áridos favoreceu o processo de erosão.
O território brasileiro, de um modo geral, é constituído de estruturas geológicas muito antigas, apresentando, também, bacias de sedimentação recente. Essas bacias recentes datam do terciário e quaternário (Cenozóico 865 milhões de anos) e correspondem aos terrenos do Pantanal Mato-grossense, parte da bacia Amazônica e trechos do litoral nordeste e sul do país. O restante do território tem idades geológicas que vão do Paleozóico ao Mesozóico (o que significa entre 570 milhões e 225 milhões de anos), para as grandes áreas sedimentares, e ao pré-cambriano (acima de 570 milhões de anos), para os terrenos cristalinos.
As estruturas e formações rochosas são antigas, mas as formas de relevo são recentes, decorrentes do desgaste erosivo. Grande parte das rochas e estruturas do relevo brasileiro são anteriores à atual configuração do continente sul-americano, que passou a ter o formato atual depois do levantamento da cordilheira dos Andes, a partir do Mesozóico. Podemos identificar três grandes unidades geomorfológicas que refletem sua gênese: os planaltos, as depressões e as planícies.
Planaltos
Os planaltos em bacias sedimentares são limitados por depressões periféricas ou marginais e se caracterizam por seus relevos escarpados representados por frentes de cuestas (borda escarpada e reverso suave). Nessa categoria estão os planaltos da Amazônia Oriental, os planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba e os planaltos e chapadas da bacia do Paraná.
Os planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma constituem o resultado de ciclos erosivos variados e se caracterizam por uma série de morros e serras isolados, relacionados a intrusões graníticas, derrames vulcânicos antigos e dobramentos pré-cambrianos, a exceção do planalto e chapada dos Parecis, que é do Cretáceo (mais de 65 milhões de anos). Nessa categoria, destacam-se os planaltos residuais norte-amazônicos e os planaltos residuais sul-amazônicos.
Os planaltos em núcleos cristalinos arqueados são representadas pelo planalto da Borborema e pelo planalto sul-rio-grandense. Ambos fazem parte do cinturão orogênico da faixa Atlântica.
Planaltos em cinturões orogênicos ocorrem nas faixas de orogenia (movimento geológico de formação de montanhas) antiga e se constituem de relevos residuais apoiados em rochas geralmente metamórficas, associadas a intrusivas. Esses planaltos situam-se em áreas de estruturas dobradas que abrangem os cinturões Paraguai-Araguaia, Brasília e Atlântico. Nesses planaltos, localizam-se inúmeras serras, geralmente associadas a resíduos de estruturas intensamente dobradas e erodidas. Nessa categoria, destacam-se:
- os planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste, associados ao cinturão do Atlântico, sobressaindo as serras do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço, e as fossas tectônicas como o vale do Paraíba do Sul;
- os planaltos e serras de Goiás e Minas, que estão ligados à faixa de dobramento do cinturão de Brasília, destacando-se as serras da Canastra e Dourada, entre outras;
- serras residuais do Alto Paraguai que fazem parte do chamado cinturão orogênico Paraguai-Araguaia, com dois setores, um ao sul e outro ao norte do Pantanal Mato-grossense, com as denominações locais de serra da Bodoquena e Província Serrana, respectivamente.
Depressões
As depressões brasileiras, excetuada a amazônica ocidental, caracterizam-se por terem sido originadas por processos erosivos. Essas depressões se caracterizam ainda por possuir estruturas bastante diferenciadas, consequência das várias fases erosivas dos períodos geológicos.
Podemos enumerar as várias depressões do território brasileiro:
a) depressão amazônica ocidental
b) depressões marginais amazônicas
c) depressão marginal norte-amazônica
d) depressão marginal sul-amazônica
e) depressão do Araguaia
f) depressão cuiabana
g) as depressões do Alto Paraguai e Guaporé
h) depressão do Miranda
i) depressão do Tocantins
j) depressão sertaneja do São Francisco
l) depressão da borda leste da bacia do Paraná
m) depressão periférica central ou sul-rio-grandense
Planícies
Correspondem geneticamente às áreas predominantemente planas, decorrentes da deposição de sedimentos recentes de origem fluvial, marinha ou lacustre. Estão geralmente associadas aos depósitos quaternários, principalmente holocênicos (de 20 mil anos atrás). Nessa categoria podemos destacar a planície do rio Amazonas, onde se situa a ilha de Marajó, a do Araguaia com a ilha de Bananal, a do Guaporé, a do Pantanal do rio Paraguai ou Mato-grossense, além das planícies das lagoas dos Patos e Mirim e as várias outras pequenas planícies e tabuleiros ao longo do litoral brasileiro.
Região Centro-Oeste
Planalto de topografias suaves. Ponto mais elevado: pico do Roncador na serra do Sobradinho (1.341 m).
Região Nordeste
Planície litorânea, planalto a N e depressão no centro. Ponto mais elevado: serra Santa Cruz (844 m).
Região Norte
Depressão na maior parte do território; planície estreita a N. Ponto mais elevado: serra do Divisor ou de Conta (609 m).
Região Sudeste
Baixada litorânea (40% do território) e serras (interior). Ponto mais elevado: pico da Bandeira na serra do Caparaó (2.889.8 m).
Região Sul
Baixada no litoral, planaltos a L e O, depressão no centro. Ponto mais elevado: pico Paraná, na serra do Mar (1.922 m).
Monte Roraima
Uma das formações geológicas mais antigas do mundo, o monte Roraima é uma grande meseta contornada por escarpas abruptas e em parte desnudas, que separa o Brasil da Guiana. Nos contrafortes centrais, estão as águas que dão origem ao rio Cotingo e a sudeste, brota a nascente do Surumu. Porém, o que atrai todo tipo de aventureiros para esta região não são as águas, mas o ouro e especialmente os diamantes encontrados nos leitos desses rios.
Cataratas do Iguaçu
Patrimônio ecológico da humanidade, o parque nacional de Iguaçu, um dos últimos sobreviventes das grandes florestas fluviais subtropicais, no qual pontificam as suntuosas Cataratas do Iguaçu, é visitado anualmente por cerca de 1,4 milhão de pessoas.
Além da beleza natural proporcionada pela queda de 13 milhões de litros d'água por segundo e de ser refúgio para mais de 500 espécies de aves, servem como atrativos para a região os cassinos e o ativo comércio existentes em Ciudad del Este, do lado paraguaio da fronteira entre Brasil e Paraguaii, cujo faturamento é de US$ 3 bilhões/ano.
Também exerce grande fascínio sobre o visitante a hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo, dentro da qual há um gigantesco lago de1.350 km2 e 2.919 km de contorno.
Para tornar a região ainda mais atraente, o governo do estado do Paraná começou a promover em 1997 as Olimpíadas da Natureza, cujas competições são basicamente dos chamados esportes radicais.
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Fonte: Portal São Francisco
5 comentários:
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que horror !
valew
Muito Grande
❤️
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