Gil Vicente, nesta farsa, relata as peripécias decorrentes de um frustado amor senil, cujo protagonista, um velho sessentão e proprietário de uma horta, se apaixona por uma jovem compradora. Insensível às solicitações do Velho, zombando mesmo de suas tonteiras, o diálogo entre os dois sobe para o primeiro plano, poético pelo lirismo do Velho apaixonado, e altamente cômico pela ironia empolgante com que a Moça responde ao pretendente. Seguem-se as astúcias profissionais de uma alcoviteira que promete ao Velho a posse do objeto amado, mas que, mediante promessas lisonjeiras e de próximo êxito, acaba por extorquir toda a riqueza do Velho. Intervém finalmente a Justiça, que acaba por prender a alcoviteira, dissipando-se não só a miragem do hortelão apaixonado, como a sua fortuna; e mais não lhe fica, como remate doloroso, senão ouvir de uma nova freguesa a notícia de casamento daquela que lhe reascendera por alguns instantes o ardor e a juventude.
A Farsa do Velho da horta
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☠_Cнαтmoиcнy moиรєr_☠
terça-feira, 18 de maio de 2010
Marcadores: Gil Vicente , Literatura , Português , Resumos e redação
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