As primeiras dinastias
Segundo pesquisadores, os primeiros grupos humanos a se fixar no atual território da China teriam chegado ali há cerca de 30 mil anos. Por volta de 5000 a.C. surgiram na região as primeiras aldeias à margem dos rios. Nesses povoados, geralmente governados por mulheres,
teve início a prática de agricultura, principalmente o plantio de arroz.
Foi no vale do rio Amarelo, no norte da China, que a agricultura mais se desenvolveu. Isso levou ao surgimento de muitas comunidades na região. Aos poucos, esses povoados se transformaram em pequenos Estados governados por chefes cujo poder era transmitido por meios de laços familiares. Por volta de 2200 a.C., um dos chefes, Yü, o Grande, unificou essas pequenos Estados e tornou-se rei. Com ele, teve início a dinastia Xia, a primeira da história da China.
Os governantes de Xia construíram muralhas ao redor das cidades e organizaram um exército equipado com armas de bronze. Dominando uma área de aproximadamente 1600 km², os Xia reinaram até o século XVIII a.C., quando foram derrubados pelos Shang, que fundaram uma nova dinastia.
As dinastias Shang e Zhou
Sob a nova dinastia, o território chinês passou a ter 100 mil km² de área. Os Shang governaram até o fim do século XI a.C., quando foram expulsos do poder pelos Zhou. Durante os sete séculos da dinastia Shang, a China viveu uma era de florescimento cultural, com a criação de uma escrita primitiva que originou a atual escrita chinesa.
Durante esse período, os chineses desenvolveram um calendário com 365 dias, passaram a utilizar conchas como moeda, criaram instrumentos musicais, como tambores e sinos, e descobriram a técnica de fabricação de tecidos de seda a partir de casulos de bicho-da-seda. Os chineses do período Shang acreditavam em vários deuses, consultavam oráculos e faziam
sacrifícios humanos e de animais em nome dessas divindades.
Os Shang governaram até 1027 a.C., quando foram derrubados por
um rei vizinho que deu início à dinastia Zhou. Transcorreram, então, duzentos anos de tranquilidade. A partir do século IX a.C., os grandes proprietários de terra e os pequenos Estados sob seu controle tornaram-se mais poderosos, enfraquecendo cada vez mais o poder real.
Dos Reinos Combatentes à dinastia Qin
A partir do século V a.C., os reinos de Chu, Yan, Qi, Han, Zhao, Wei e Qin passaram a disputar a hegemonia da China. Teve início, então, um período de lutas que se estendeu de 475 a 221 a.C. Foram anos de tamanha violência que ficaram conhecidos como Período dos Reinos Combatentes.
Essa crise estrutural da sociedade chinesa provocou diversas reflexões a respeito do papel do Estado, das leis e dos governantes. Também estimulou o nascimento de teorias filosóficas, como o taoísmo e o confucionismo.
Em 221 a.C., depois de muitas batalhas, o reino Qin anexou os territórios dos reinos adversários e unificou a China. Seu rei, Ying Zheng, pertencente à dinastia Qin, proclamou-se imperador. Era o começo da fase imperial da história chinesa.
A China imperial
Durante seu governo, Ying Zheng transformou a China em um império fortemente centralizado. Padronizou o sistema de pesos e medidas e os diferentes tipos de escrita, criou um rígido conjunto de leis e construiu diversas estradas.
A Grande Muralha da China
Para defender o território chinês de invasões, determinou que as muralhas que protegiam as cidades fossem interligadas. Mais de 1 milhão de trabalhadores foram mobilizados nessa tarefa, que resultou na construção dos 4200 km da Grande Muralha, norte da China.
Com a morte de Ying Zheng, o império entrou em crise. Em 206 a.C. Liu Bang subjugou seus adversários e assumiu o governo, dando início à dinastia Han.
Sob a dinastia Han
Grande parte das medidas adotadas pela dinastia Han inspirava-se nas ideias de Confúcio, o que levou a China a notável desenvolvimento econômico e cultural. A produção agrícola, por exemplo, teve grande avanço por causa da introdução de arados puxados por bois, da utilização de instrumentos de ferro e da construção de canais de irrigação.
O desenvolvimento agrícola e comercial permitiu que os chineses estabelecessem importantes laços comerciais com povos vizinhos e até mesmo com o Ocidente, por meio da Rota da Seda.
Ao crescimento econômico ocorrido durante a dinastia Han seguiu-se a expansão territorial do império, com a conquista das regiões da Coréia e de Cantão. Também foi sob essa din astia que se consolidou muito o conhecimento científico dos chineses. Seus técnicos e artesãos criaram, por exemplo, um instrumento que detectava a direção dos ventos e inventaram o sismógrafo, aparelho que mede tremores de terra - um similar europeu só teria sido criado em XVIII.
Além disso, seus cientistas desenvolveram avançados conceitos matemáticos, como as quatro operações com números fracionais e o cálculo com números positivos e negativos, e inventaram a bússola e os relógios de sol e água. Utilizando como matéria-prima cascas de árvores e uma mistura de linho, trapos e redes, os chineses criaram uma técnica de fabricação de papel. Na área da Medicina, fizeram experiências de dissecação de cadáveres e de cirurgias com anestesia.
Difundiram-se ainda o uso de ervas e a prática de acupuntura para o tratamento de doenças.
Após o fim da dinastia Han, no século III d.C., a China viveu períodos de unificação e fragmentação do poder imperial, sofrendo ataques de outros povos. No século XIII, o território chinês foi ocupado pelo exército de Gengis Khan, líder mongol. Valorizando seu passado e bastante fechada às influências externas, a China só passou a ter contato regular com o Ocidente a partir do século XIII, graças principalmente à ação de mercadores ocidentais como o veneziano Marco Polo.
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~Texto extraído do livro História, de Gislane & Reinaldo, volume único para Ensino Médio~
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Em breve voltando um pouco o conteúdo para deixar tudo completinho...
2 comentários:
mto obrigado seu conteudo me ajudouuu mto.valeu
ronaldo brilha muuuuuito no corinthians ja que aposentou :D (nao so corinthiano viu)
gostei muito do texto e me ajudo tbm vlw ae ^^
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