A formação do Egito
Localizado no norte da África, o Egito tem seu território quase todo ocupado pelo deserto do Saara. Por isso a maior parte de sua população encontra-se nas margens e no delta do rio Nilo, que atravessa o país de norte a sul. Essa ocupação é basicamente a mesma há quase 8 mil anos!!
As águas do Nilo transbordam de seu leito todos os anos entre junho e outubro, em razão das chuvas tropicais na nascente do rio. O húmus trazido pelas enchentes torna o solo da região excelente para a agricultura. Durante milhares de anos a população que ali vivia aprendeu a drenar terrenos, construir diques e canais e a erguer suas habitações e celeiros em locais elevados, longe das águas.
O rio Nilo
Com o passar dos séculos, esse trabalho comunitário organizado propiciou excedentes agrícolas e fez com que pequenos núcleos populacionais evoluíssem para povoados e vilas com maior estrutura. Essas aldeias passaram a ser conhecidas como nomos, e o chefe de cada uma delas o nomarca.As águas do Nilo transbordam de seu leito todos os anos entre junho e outubro, em razão das chuvas tropicais na nascente do rio. O húmus trazido pelas enchentes torna o solo da região excelente para a agricultura. Durante milhares de anos a população que ali vivia aprendeu a drenar terrenos, construir diques e canais e a erguer suas habitações e celeiros em locais elevados, longe das águas.

Grande parte da população no nomo era formada por agricultores - os félas -, que, com o linho, faziam roupas e velas de barco e com a cevada produziam cerveja. O rio era o principal sistema de comunicação e de transporte. Para essas pessoas, somente a ação dos deuses explicava o privilégio de elas morarem em uma terra de abundância rodeada por áreas de seca e fome.
Sob o poder dos faraós

Ao mesmo tempo, os governantes mais destacados começaram a incorporar novos territórios a seus nomos, transformando a região em uma área de diversos pequenos reinos. Por volta de 3500 a.C. os nomos foram unificados em apenas dois reinos: o do delta e o do vale do Nilo - também chamados de Baixo Egito e Alto Egito, respectivamente.
Cerca de trezentos anos depois, um rei do vale do Nilo chamado Menés conquistou a região do delta. Pela primeira vez alguém foi coroado como faraó do Egito, ou seja, um misto de monarca e chefe religioso. O símbolo de seu poder era uma coroa dupla nas cores branca e vermelha que representava a união das duas regiões em um único e centralizado império.
Os faraós governaram o Egito por mais de 3 mil anos, em uma sucessão de dinastias. Os historiadores costumam dividir todos esses anos em três grandes períodos: Antigo Império, Médio Império e Novo Império.
Antigo Império (3200 a.C. a 2300 a.C.)
No início do Antigo Império as fronteiras do Egito iam do delta até a região da primeira catarata do rio Nilo. Nesse período, seu território foi dividido em 42 regiões governadas por nomarcas, e a cidade de Mênfis foi construída para ser a capital do império.
Para supervisionar esses governantes regionais, o faraó contava com a ajuda de escribas, funcionários encarregados de cobrar os impostos, controlar o estoque de alimentos e fiscalizar a construção de obras públicas. Para tanto, eles desenvolveram uma escrita chamada hieroglífica.
Durante o Antigo Império, o Estado egípcio expandiu-se ao sul, região na qual viviam os núbios. A prosperidade que tomou conta do Egito nesse período se fez sentir principalmente na arquitetura: tornou-se habitual entre os faraós mandar construir grandes monumentos funerários, as pirâmides, das quais as mais famosas são as de Queóps, Quéfren e Miquerinos.
Por volta de 2300 a.C., o império foi sacudido por conflitos internos e o poder dos faraós esfacelou-se.
Médio Império (2000 a.C. a 1560 a.C)
Cerca de 250 anos depois de o poder central ter sido destruído, o Egito foi novamente unificado, dessa vez sob o comando do faraó Mentuhotep II, que restabeleceu o Estado centralizado. Esse período marca uma fase de recuperação das terras agrícolas e de conquistas de mais áreas ao sul - região da Núbia. Por volta de 1800 a.C., os hicsos - povo invasor - ocuparam o delta do Nilo e, aos poucos, começaram a subjugar todo o império. Em 1770 a.C., aproximadamente, os invasores usurparam o posto de faraó.
Novo Império (1580 a.C. a 525 a.C.)
Por volta de 1580 a.C., os egípcios conseguiram expulsar os hicsos e o Egito foi unificado mais uma vez. Nos séculos seguintes, surgiram Tebas - então capital do império - templos
exuberantes, como os de Karnac e Luxor.

Em 1200 a.C., aproximadamente, começou a ocorrer uma redefinição de forças na região que liga os continentes africano e asiático. Os assírios haviam constituído um poderoso império e passaram a ameaçar a hegemonia egípcia. Ao mesmo tempo, a região do delta voltou a sofrer invasões.
Após um período de disputas internas e invasões, em 1100 a.C. o Egito foi novamente dividido em dois reinos. Ao longo dos séculos seguintes, intercalaram-se momentos de centralização e de ausência de poder até que, em 662 a.C., os assírios conquistaram a região. Posteriormente, a realeza egípciaretomou o poder, mas em 525 a.C. o império caiu sob o domínio dos persas.
A psrtir de então o Egito foi sucessivamente invadido por povos de diversas origens. No século XIX, tornou-se colônia do Império Britânico, conquistando a independência apenas em 1922.
Cenas da vida cotidiana
A sociedade egípcia era rigidamente estratificada, ou seja, estava dividida em grupos socias fortemente separados entre si. No topo da pirâmide social estava o faraó, considerado o filho do deus Amon-Rá, e seus familiares. A seguir vinham sucessivamente os sacerdotes, a nobreza, os escribas e os soldados. O último degrau era ocupado pelos camponeses e artesãos. Abaixo deles estavam os escravos.













Representação do deus Amon-rá
Poucas cidades do Egito Antigo sobreviveram ao tempo e às cheias do Nilo. Mas sabe-se que as moradias mais modestas eram de junco ou madeiras e, geralmente, tinham pouco mobiliário; uma pequena peça funcionava como sala de estar e dava diretamente para a rua. Essas casas tinham também banheiro com lavatório separado, uma sala principal com um pequeno altar, onde eram recebidas visitas, quarto, cozinha e uma escada que levava ao telhado, sempre plano, onde à noite os moradores se refugiavam do calor. As pessoas de melhores condições vivam em casas de tijolo produzido com uma mistura de barro, areia e palha, o adobe.
Muitos deuses

A crença da imortalidade fez com que os egípcios encarassem a morte como um grande acontecimento. As tumbas dos faraós continham pinturas que retratavam passagens de sua vida e de seu governo com a intenção de mostrar aos deuses como eles foram bons para seu povo. Era comum o faraó ser enterrado com familiares e funcionários, que iriam acompanhá-lo e servi-lo na vida eterna.
Outra grande preocupação em relação à vida eterna era com a conservação do corpo, uma vez que o conceito de "viver após a morte" implicava a permanência física do corpo. Por essa razão os egípcios desenvolveram e aperfeiçoaram a prática da mumificação.
Uma arte monumental e rígida
Impregnada de religiosidade e de sentimento hierárquico, a arte servia aos deuses e aos faraós. Na arquitetura, as obras mais importantes foram os templos e os túmulos dos faraós - as pirâmides. Já a pintura obedecia as regras extremamente rígidas: as cenas eram retratadas sem perspectiva; as figuras humanas apareciam com a cabeça, as pernas e os pés de perfil, enquanto os olhos e o tronco eram mostrados de frente.

Esfinge

O conhecimento dos egípcios

Conhecedores da anatomina humana, os egípcios obtiveram grandes avanços na Medicina, chegando até esmo a usar
anestesia em cirurgias. Seus astrônomos criaram diferentes calendários, como o que conferiu ao ano de duração de 365 dias e seis horas. Mais tarde, esse calendário foi adotado, com modificações, pela imperador romano Júlio César. Reformado pelo papa Gregório XIII, no século XVI, constitui a base do calendário que utilizamos hoje.
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~Texto extraído do livro História, de Gislane & Reinaldo, volume único para Ensino Médio~
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Desde ontem trabalhando nesse post, nunca mais copio textos dos livros!! Ou faço um resuminho meu ou copio e colo, dá muita dor de cabeça fazer tudo x)
1 comentários:
muito bom! *-*
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