A indústria e a produção do espaço geográfico - Circuitos de produção

O espaço da indústria

Não é exagero afirmar que o espaço geográfico contemporâneo é o resultado das transformações introduzidas pela Revolução Industrial em suas diferentes etapas. O modo de vida atual é, direta ou indiretamente, fruto das transformações trazidas pela tecnologia industrial.

Independentemente do fato de um lugar abrigar, ou não, a indústria em seu espaço físico, ela está presente nos produtos consumidos pela população local, nos meios de comunicação e nos meios de transporte.

A indústria foi responsável pelas grandes transformações urbanas, pela multiplicação de diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade moderna e pelo desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, que, nacional e mundial­mente, interligaram as regiões. Foi responsável também pela maior produtividade, pela consequente elevação da produção agrícola e pelo êxodo rural. Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, criou novas profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova relação desta com a natureza.

O setor secundário foi predominante durante um longo período, mas a necessidade de reciclagem constante na área técnico-científica deslocou as atenções para o setor terciário, que passou a incluir novos serviços, como a pesquisa e o desenvolvimento.

No quadro de desenvolvimento acelerado que caracteriza os tempos atuais, a informática e a robótica exercem um papel de destaque, impulsionando a nova revolução industrial que está em curso: a revolução técno-científica.

A evolução da indústria

"Indústria" é o conjunto das atividades realizadas na transformação de objetos em estado bruto, as chamadas matérias-primas, naturais ou não, em produtos que tenham uma aplicação e satisfaçam as necessidades do homem.

Quanto a sua evolução histórica, podemos reconhecer três estágios fundamentais:

Artesanato – Estágio em que o produtor executava sozinho todas as fases da produção e até mesmo a comercialização do produto. Não havia divisão do trabalho nem o emprego de máquinas, somente de ferramentas simples. (até o séc. XVII)

Manufatura – A manufatura corresponde ao estágio intermediário entre o artesanato e a maquinofatura. Nesse estágio já ocorria a divisão do trabalho, mas a produção ainda dependia fundamentalmente do trabalho manual, embora já houvesse o emprego de máquinas simples. Esse estágio corresponde a fase inicial do capitalismo. (1620-1750).

Maquinofatura – É o estágio atual, iniciado com a Revolução Industrial. Podendo ser caracterizado pelo emprego maciço de máquinas e fontes de energia modernas, produção em larga escala, grande divisão e especialização do trabalho. (1750 até hoje).

A Revolução industrial

Por Revolução Industrial podemos entender as profundas transformações resultantes do progresso da técnica aplicada à indústria, ou seja, a passagem de uma sociedade rural e artesanal para uma sociedade urbana e industrial. Com o seu desenvolvimento, a indústria se expande da Inglaterra, estabelecendo-se em outros países europeus e mais tarde para outra áreas fora da Europa Ocidental.

As principais causas da Revolução Industrial foram:

- Acumulação de capitais provenientes da expansão comercial e da política mercantilista;
- Transformações na estrutura agrária, liberando mão-de-obra para a cidade;
- Acelerado processo de urbanização;
- Ascensão da burguesia.

Invenções mecânicas e a utilização de fontes de energia modernas

Essa etapa da expansão industrial dos países desenvolvidos (séc. XVIII e XIX) é denominada de industrialização clássica, enquanto o processo de industrialização dos países desenvolvidos (segunda metade do séc. XX) é chamada de industrialização tardia ou retardatária.

Dentro do estágio da maquinofatura, ocorreram ainda, devido aos grandes avanços tecnológicos, a Segunda Revolução Industrial (1870-1945) e a Terceira Revolução Industrial, também chamada de Revolução Técnico-científica (após 1945).

Características da Primeira e Segunda revolução industrial

O espaço geográfico, a partir das transformações socioeconômicas dos séculos XV e XVI, passou a ter abrangência mundial. A organização espacial variou de acordo com papel diferenciado que ocuparam as colônias, as metrópoles e outras regiões do globo, com maior ou menor grau de integração ao novo sistema econômico.

Porém, a mais profunda transformação espacial ocorreu com a introdução da indústria moderna na Inglaterra, que marcou o inicio do capitalismo industrial (concorrencial ou liberal). A industrialização não provocou mudanças apenas na forma de produção, mas direcionou toda a configuração do espaço atual. Modificou as relações sociais e territoriais, difundiu cultura e técnica, aprofundou a competição entre os povos, concentrou a população no espaço e provocou o crescimento cada vez maior das cidades.

Com a invenção da máquina a vapor e sua incorporação à produção industrial, os trabalhadores eram obrigados a trabalhar conforme o ritmo das máquinas, de maneira padronizada. Outra parte da mão-de-obra disponível foi requisitada para trabalhar nas minas de carvão (fonte de energia dessa primeira fase da Revolução Industrial). Nesse período, o “lucro” não advinha mais da exploração das colônias, mas sim, da produção de mercadorias pelas indústrias, que trazia embutido a exploração dos trabalhadores através da mais-valia.

Nos séculos XVIII e XIX, o capitalismo florescia na forma de pequenas e numerosas empresas, que competiam por uma fatia do mercado, sem que o Estado interferisse na economia. Nessa fase (liberal), predominava a doutrina de Adam Smith, segundo a qual o mercado deve ser regido pela livre concorrência, baseada na lei da oferta e da procura.

Dentro das fábricas, mudanças importantes aconteceram: a produtividade e a capacidade de produzir aumentaram velozmente; aprofundou-se a divisão do trabalho e cresceu a produção em série. Nessa época ocorreu o que se convencionou chamar de Segunda Revolução Industrial. Uma das características mais importantes desse período foi a introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo produtivo. Pela primeira vez, tendo como pioneiros a Alemanha e os Estados Unidos, a ciência era apropriada pelo capital, sendo posta a serviço da técnica, ao contrário da primeira revolução industrial onde as tecnologias eram resultados espontâneos e autônomos. Agora empresas eram criadas com o fim de descobrirem novas técnicas de produção.

Com o brutal aumento da produção, acirrou-se cada vez mais a concorrência. Era cada vez maior a necessidade de se garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de matérias-primas e novas áreas para investimentos lucrativos.
Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista na Ásia e na África, o que consolidou de vez a divisão internacional do trabalho.

Durante a Segunda fase da Revolução Industrial, o desenvolvimento da industrialização em outros países e a aplicação de novas tecnologias à produção e ao transporte modificaram profundamente a orientação liberal. As novas tecnologias foram empregadas nas indústrias metalúrgica, siderúrgica, no transporte ferroviário entre outras. Esses setores industriais dependiam de investimentos maiores que aqueles realizados na primeira fase da Revolução Industrial. Era necessário a união de vários empreendedores para a produção das novas mercadorias. Boa parte da indústria passou a contar com o capital bancário ou financeiro.

No final do séc. XIX, a fusão entre o capital industrial e o financeiro e, mesmo a fusão entre indústrias, levou ao aparecimento de empresas gigantescas, os monopólios e oligopólios (empresas de grande porte que se associam para controlar o mercado), ocorrendo, com isso, um enfraquecimento da livre concorrência. Pela baixa competitividade, as pequenas empresas, que não acompanharam essa nova tendência do desenvolvimento econômico capitalista, faliram ou foram absorvidas pelas grandes.

A revolução técnico-científica

A ciência, no estágio atual, está estreitamente ligada à atividade industrial e às outras atividades econômicas: agricultura, pecuária, serviços. É um componente fundamental para as empresas - o desenvolvimento científico e tecnológico é rever­tido em novos produtos e em redução de custos, permitindo a elas maior capacidade de competição num mercado cada vez mais disputado.

O Estado, por meio das universidades e de outras instituições, também estimula o desenvolvimento econômico, preparando pessoas e capacitando-as ao exercício de funções de pesquisa, na área industrial ou agrícola, assim como no desenvolvimento de tecnologias, transferidas ou adaptadas às novas mercadorias de consumo ou aos novos equipamentos de produção. Nesse sentido, a pesquisa cientifica aplicada ao desenvolvimento de novos produtos tornou-se parte do planejamento estratégico do Estado, visando ao desenvolvimento econômico.

Com a Revolução Técnico-científica, o tempo entre qualquer inovação e sua difusão, em forma de mercadorias ou de serviços, é cada vez mais imediato. Os produtos industriais classificados genericamente como de bens de consumo duráveis, especialmente aqueles ligados aos setores de ponta como a microeletrônica e informática, tornam-se obsoletos devido à rapidez com que são superados pela introdução de novas tecnologias.

Os impactos mundiais dos avanços técnico-científicos foram marcantes a partir da Segunda Guerra Mundial. Foi possível delimitar o início de uma Terceira Revolução Industrial.

A microeletrônica, o microcomputador, o software, a telemática, a robótica, a engenharia genética e os semicondutores são alguns dos símbolos dessa nova etapa. Essa fase tem modificado radicalmente as rela­ções internacionais e os processos de produção característicos do sistema fabril introduzido pela Revolução Industrial, bem como tem possibilitado a criação de novos produtos e a utilização de novas matérias-primas e fontes de energia.

Os recursos sintéticos permitem a produção das matérias-primas nos próprios países desenvolvidos. Esse fato é, ao mesmo tempo, alentador e preocupante. Numa perspectiva de preservação da natureza, a exploração de recursos minerais não-renováveis diminuirá. No entanto, haverá uma conseqUente queda dos investimentos, em países subdesenvolvidos, por parte de empresas multinacionais ligadas à mineração e a outras atividades extrativas. Além disso, os países fornecedores de matérias-primas perderão, gradativamente, importantes itens de suas pautas de exportação.

Esse novo contexto criado pelas novas tecnologias de produção alteram inclusive os antigos critérios de localização industrial. Atualmente a instalação das grandes empresas multinacionais não está necessariamente associada à proximidade de fontes de matérias-primas e de mão-de-obra barata.

Apenas alguns setores industriais, como calçados, têxteis, brinquedos, montagem de aparelhos de TV e eletroeletrônicos, ainda tiram vantagem quanto à sua instalação em regiões onde prevalecem a baixa qualificação e o custo reduzido da mão-de-obra. Mas esta não é a tendência da economia industrial da Revolução Técníco-cíentífica, cujo pressuposto é produzir cada vez mais, com cada vez menos trabalhadores.

Tanto na Primeira como na Segunda Revolução Industriai, a margem de lucro das empresas se elevava à proporção que os salários decresciam. Quanto menor o salário, maior era o lucro retido pela empresa. O pro­cesso de expansão das multinacionais intensificou-se a partir da década de 50 em direção aos países do Terceiro Mundo e seguia este mesmo princípio: a elevação das taxas médias de lucro tinha como pressuposto a exploração da mão-de-obra barata desses países.

A Revolução Técnico-científica, movi­da pela produtividade, ao mesmo tempo em que pode gerar mais riquezas e ampliar as taxas de lucros, é também responsável pelo desemprego de centenas de milhares de pessoas em todo o mundo.

Os novos processos de produção

A necessidade de redução dos custos por parte das empresas para a geração de maiores lucros e o surgimento de novos pro­dutos e recursos de produção industrial exigiram alterações nas tradicionais práticas de produção norte-americanas, universais a partir da década de 50, com a expansão das multinacionais. A especialização do trabalhador em determinada tarefa e a produção em escala, preconizadas pelo fordismo e pelo taylorismo, não são os atributos mais adequados à produção industrial deste final de século.

O trabalho repetitivo tem sido substituído pelo trabalho criativo, que atende às constantes variações do cotidiano da linha de produção. Começam a surgir os Círculos de Controle de Qualidade, nos quais grupos de trabalhadores reúnem-se e discutem a melhoria da qualidade do produto e o aumento de produtividade. Em contraste com o fordismo e o taylorismo, onde a responsabilidade e a habilidade de cada trabalhador ficavam restritas a uma única tarefa, nos Círculos de Controle de Qualidade implantados nas empresas mais modernas, o trabalhador passa a ter conhecimento de todo o processo produtivo e a nele intervir. É provável que em pouco tempo o trabalho repetitivo, característico da indústria até recentemente, fique restrito à ação das máquinas.

Por meio desses novos métodos, várias características da mercadoria podem ser modificadas em pouco tempo. Alterações no design, introdução ou substituição de componentes e até a produção de uma outra mercadoria totalmente diferente podem ser feitas a partir de pequenas reestruturações no interior da mesma fábrica, utilizando-se os mesmos equipamentos.

Tal flexibilidade da atividade industrial tornou-se necessária num mundo em que a evolução da tecnologia provoca uma diminuição frequente da vida útil das mercado­rias. A constante modificação e a criação de produtos são hoje exigências do próprio mercado de consumo.

Esse sistema de produção totalmente adaptado ao mercado ficou conhecido pelo nome de just-in-time (tempo justo). No interior da fábrica, as diferentes etapas de produção, desde a entrada das matérias-primas até a saída do produto, são realizadas de forma combinada entre fornecedores, produtores e compradores. A quantidade de matérias-primas que entram na fábrica corresponde exatamente à quantidade de produtos que serão produzidos. As mercadorias são feitas dentro do prazo estipulado e de acordo com a exigência dos compradores. Além da eficiência, o sistema just-in-time permite a diminuição do custo de estocagem e o volume da produção fica diretamente relacionado à capacidade de mercado, evitando-se perdas de estoque ou diminuição do preço, caso ocorra uma defasagem tecnológica do produto.

Os tipos de indústria

Conforme os bens que produz, podemos classificar: indústrias tradicionais e indústrias dinâmicas.

Indústrias de bens de produção ou de base (indústria pesada)

São principalmente as siderúrgicas, as metalúrgicas, as petroquímicas e as de cimento. Essas indústrias transformam grande quantidade de matéria-prima e por isto costumam localizar-se próximas a portos, ferrovias e fontes de matéria-prima para facilitar o recebimento desta última e facilitar o escoamento da produção.

Indústria de bens de capital ou bens intermediários

A principal função dessas indústrias é equipar indústrias de todos os tipos: elas produzem máquinas, ferramentas, autopeças e outros bens. Localizam-se próximo aos centros de consumo, isto é, em grandes regiões industriais.

Indústrias de bens de consumo (leve)

Estão mais ligadas ao mercado consumidor e à oferta de mão-de-obra, por isto estão mais dispersas espacialmente. O destino de sua produção é o grande mercado consumidor. Temos indústrias de bens de consumo duráveis e de bens de consumo não-duráveis.

A indústria automobilística

Durante os anos de expansão econômica (1950-1973), o automóvel foi o símbolo da sociedade de consumo. Este enorme desenvolvimento da produção automobilística deu lugar a vários problemas, como a saturação do consumo em muitos países e a forte concorrência entre as marcas. Para frear a crise, propuseram-se soluções como a fusão de empresas e a automação da produção, o que provocou uma considerável redução dos postos de trabalho.

Taylorismo

Em 1911, o engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor publicou “Os princípios da administração científica”, ele propunha uma intensificação da divisão do
trabalho, ou seja, fracionar as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e repetitivas. Diferenciando o trabalho intelectual do trabalho manual. Fazendo um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo. Portanto, o trabalhador que produzisse mais em menos tempo receberia prêmios como incentivos.

Fordismo

O norte-americano Henry Ford foi o primeiro a pôr em prática, na sua empresa “Ford Motor Company”, o taylorismo. Posteriormente, ele inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do taylorismo. Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra. Ele adotou três princípios básicos;

1) Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
2) Princípio de Economia: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação.
3) Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.

Toyotismo

Sistema de produção criado no Japão que tinha em sua base a tecnologia da informática e da robótica, isso ocorreu na década de 1970, e primeiramente foi usado na fábrica da Toyota. Nessa modalidade de produção o trabalhador não fica limitado a uma única tarefa, o operário desenvolve diversas atividades na produção. Outra criação desse sistema é o just-in-time, produzir a partir de um tempo já estipulado com intenção de regular os estoques e a matéria-prima.

Volvismo

No fim do século passado emergiu um novo modelo de organizar e gerenciar a produção industrial. Como na maioria dos outros modelos de produção, esse foi desenvolvido na fábrica da Volvo, e conciliou execução manual e automação. No Volvismo há um grande investimento no trabalhador em treinamentos e aperfeiçoamento, no sentido que esse consiga produzir por completo um veículo em todas as etapas, além de valorizar a criatividade e o trabalho coletivo e a preocupação da empresa com o bem estar do funcionário, bem como sua saúde física e mental.


Indústrias tradicionais ou dinâmicas

As indústrias tradicionais são aquelas ligadas às descobertas da Primeira Revolução Industrial. Utilizam muita mão-de-obra e pouca tecnologia.
As indústrias de ponta, ao contrário, utilizam muito capital e tecnologia e pouca força de trabalho (mão-de-obra).

Os novos setores industriais

As indústrias de ponta

Denominam-se indústrias dinâmicas ou de tecnologia de ponta aqueles setores nos quais a pesquisa exerce um papel fundamental. Sua atividade depende em grande parte das inovações que geram. Estas indústrias necessitam de grandes investimentos para funcionar e dedicam grande parte deles ao desenvolvimento de novas pesquisas, para criar novos processos de produção e novos produtos.

As empresas: a base da produção industrial

A empresa constitui o núcleo central do sistema econômico capitalista. Trata-se de uma unidade econômica que produz bens e serviços destinados a serem vendidos, para o que utilizam dois elementos fundamentais: o trabalho e o capital. As empresas podem ser classificadas segundo sua estrutura financeira, seu tamanho e sua área de influência.

Os fatores de localização industrial

As indústrias buscam localizar-se naquelas zonas que permitem baratear seus custos de produção. Tradicionalmente as empresas, sobretudo as pesadas, tendem a localizar-se onde o custo do transporte é menor, aproximando-se das fontes de energia ou das matérias-primas. Outros setores industriais, especialmente os leves, tendem a localizar-se próximos aos mercados de consumo.

A divisão internacional do trabalho

As economias de diferentes países do mundo apresentam uma certa especialização. A divisão mais simples outorgava aos países desenvolvidos a especialização na fabricação de produtos manufaturados e deixava para os do Terceiro Mundo a produção de matérias-primas. Na atualidade, essa situação é mais complexa, já que muitas empresas que necessitam de mão-de-obra não qualificada transferem suas fábricas para países subdesenvolvidos, com mão-de-obra abundante e barata.

As grandes regiões industriais do mundo

As indústrias tendem a concentrar-se geograficamente ao longo dos grandes eixos de comunicação e dos espaços urbanos bem conectados. Quando a concentração é considerável, formam-se as denominadas regiões industriais. As tradicionais zonas industriais correspondem aos países ricos: áreas produtoras de carvão e ferro, vales industriais, zonas urbanas e portuárias. Na atualidade,muitas zonas tradicionais foram afetadas pela desconcentração industrial e requerem uma urgente reconversão de suas atividades.

Expansão da indústria mundial

Já a maioria das novas regiões industriais, mais bem adaptadas aos novos processos de produção, encontram-se nas regiões dinâmicas dos países do Extremo Oriente, ou ao redor das grandes metrópoles dos países desenvolvidos. Nas últimas décadas, alguns países asiáticos experimentaram um rápido crescimento econômico. Os denominados "Tigres" estão conseguindo consolidar sua posição mundial industrialmente, ainda que as rápidas transformações socioculturais tenham gerado certos desequilíbrios.
Nos últimos anos, a indústria chinesa também começou a despontar graças à aplicação de novas políticas econômicas. As denominadas Zonas Econômicas Especiais do litoral chinês, que gozam de ampla liberdade econômica, situam-se entre as regiões mais dinâmicas do mundo.

Distribuição industrial no Brasil

No Brasil, as principais regiões industriais estão concentradas na região Sudeste, no triângulo formado pelas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Outras áreas podem ser chamadas de periféricas: áreas metropolitanas de Curitiba, Porto Alegre, Recife e Salvador; Zona Franca de Manaus, Goiânia (GO), Campo Grande (MS) e Vale do Itajaí (SC).

Para ver os circuitos de produção, entre aqui, aqui e aqui.

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Fonte: Esse site fera aqui.

4 comentários:

Anônimo 8 de novembro de 2012 às 04:03  

que bosta nada a ver

Anônimo 19 de maio de 2014 às 16:27  
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo 19 de maio de 2014 às 16:28  

cala a boca!! tem tudo a ver!!
velew..mw ajudou pra caramba!!
salvou minha pele..rsrs' beijos amei seu blog :*

Unknown 29 de outubro de 2017 às 13:28  

vai se fude tudo errado

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Sobre mim!

Juliana Fernandes, estudante de 18 anos com sérios problemas mentais, inaugura seu 123343º blog, desta vez com o intuito de reunir o máximo de informação possível para o vestibular (e coisas mais!)
Junto ao seu fiel parceiro invisível, sem nome e inexistente, ela continua sua árdua tarefa de manter-se atualizada para não levar mais tapas da profª de Matemática de Pinhal City, a roça!!
Não perca o próximo capítulo dessa incrível aventura!!


"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

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