Saúde através dos tempos

Saúde, para a Organização Mundial da Saúde, é o completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. É interessante examinarmos como esse conceito evoluiu. Saúde traz hoje para a população em geral a idéia de ausência de doença, mas nem sempre foi assim. É curioso observarmos que, na Antigüidade, Hipócrates, que é considerado o pai da Medicina, já estava absolutamente convencido de que a saúde implicava uma harmonia do homem com a natureza. A saúde pressupunha o equilíbrio entre os diversos componentes do organismo, entre os diversos organismos e o equilíbrio destes com o meio-ambiente. O bem-estar dependia tanto de fatores internos quanto de fatores externos.

Essa harmonia, essa necessidade de equilíbrio não ficou perdida no tempo. Mesmo na Idade Média, Paracelsus, outro cientista famoso no século XVI, mostrou a relação existente entre certas doenças físicas,certas profissões e também o meio-ambiente. Ele mostrou que algumas doenças estavam diretamente relacionadas com determinadas profissões ou que algumas doenças se relacionavam imediatamente ao meio-ambiente. Ainda na Idade Média, apesar da excessiva religiosidade, colocando Deus como causa de tudo, não se perdeu a idéia do equilíbrio.

A Revolução Industrial mudou o mundo. Mudou tanto que alterou o modo de se tratar a saúde, o modo de compreendê-la, embora alguns médicos mantivessem clara a idéia de que algumas doenças eram geradas pelas condições de trabalho. O ambiente industrial gerando o acúmulo de pessoas nas cidades – a urbanização é contemporânea à industrialização – mostrou que o industrial teria problemas em manter a sua força de trabalho produzindo. Sabe-se que existia desemprego no começo da industrialização porque a economia era cíclica: produzia-se primeiro determinada mercadoria que atendia a uma população restrita que tinha poder de compra e o que a indústria continuava produzindo não encontrava comprador. A solução era sempre despedir o pessoal para limitar os gastos. Mas o industrial sabia que algumas funções deveriam ser exercidas por determinados empregados.

Existia uma certa especialização que gerou no mundo industrial a preocupação com a manutenção da saúde dos operários: o industrial não queria ver sua linha de produção parada ou retardada pela falta do trabalho especializado. Além disso, as epidemias que atingiam o proletariado também atingiam dono do capital, embora em menor número. Sabe-se que um trabalhador mal nutrido vai ficar doente com muito mais facilidade que seu colega bem alimentado, que a mesma doença tem outra característica num trabalhador mal nutrido, diferente da do seu patrão, que é bem alimentado, que descansa, que tem lazer e cuja alimentação é adequada.

Mesmo assim, sabe-se de epidemias no século XIX que assustaram muito os proprietários e os levaram a decidir pela inversão na saúde dos trabalhadores. Além disso, o sindicalismo que derivou da Revolução Industrial também começou a se preocupar com a saúde do trabalhador e, em algumas empresas, em algumas religiões, a saúde foi mesmo a causa da sindicalização. É claro que primeiro se buscava salário, um salário digno que permitisse a manutenção do indivíduo, mas, em alguns movimentos, a preocupação com a saúde do trabalhador foi imediata à organização sindical. Todos esses pontos levaram a que se responsabilizasse o Estado para prestação de saúde ao povo.

Mas o que significa direito à saúde? Na Antigüidade, os documentos mesclavam já conceitos de direitos humanos.

Desde a Idade Média até séculos XIX, a causa da organização da burguesia foi a luta pelos direitos humanos. E, no século XX, a causa da organização internacional, depois da Segunda Guerra, foram os direitos humanos, que tinham como objetivo garantir a paz. Hoje existe a consciência de que o ser humano, pelo simples fato de ser homem, não pode ser submetido a certas agressões. A sociedade determina quais são esses direitos.

Ora, o Estado tem a obrigação de oferecer serviços acessíveis a toda a população e que resolvam o problema. Deve-se lutar pela responsabilização do Estado em todos os aspectos da saúde, e não apenas numa área específica, uma vez que envolve também aspectos individuais. É necessária então a conscientização do indivíduo por meio de uma atividade muito séria, constante, de educação sanitária. Como a saúde envolve também aspectos de desenvolvimento, como o nível de saúde que seu desenvolvimento econômico permita. Necessita-se portanto, da conscientização da população para garantir o direito à saúde, fazendo com que ela participe na orientação do desenvolvimento para que ela envolva o direito à saúde.

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Para falar a verdade, esse não é o texto da apostila na íntegra, mas como estou meio sem tempo (eita novidade fresquinha!), peguei as fontes dele e copiei e colei o texto principal. Cara, esse texto é um saco, repetitivo e idiota, e nem perdi muito tempo editando, but whatever...

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Sobre mim!

Juliana Fernandes, estudante de 18 anos com sérios problemas mentais, inaugura seu 123343º blog, desta vez com o intuito de reunir o máximo de informação possível para o vestibular (e coisas mais!)
Junto ao seu fiel parceiro invisível, sem nome e inexistente, ela continua sua árdua tarefa de manter-se atualizada para não levar mais tapas da profª de Matemática de Pinhal City, a roça!!
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