Iracema

Uma certa pessoa me pediu esses dias para que eu o ajudasse a fazer um resumo sobre o livro "Iracema", de José de Alencar. Muito prestativa que sou, resolvi concordar, até porque terminei meus estudos de Literatura no domingo e a lista que fiz de livros para ler e complementar o conteúdo também inclui a indiazinha...
Li o livro há umas 2 ou 3 semanas, mas acho que posso escrever alguma coisa decente sem ter que ficar me baseando muito em outros resumos enormes de sites estranhos...~
E é isso!!
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Introdução

Iracema é um romance de José de Alencar, publicado durante o Romantismo brasileiro e com temática indianista. Diferente do que observamos na obra modernista Macunaíma, de Mário de Andrade, onde o personagem principal é uma espécie de anti-herói, Alencar procura desenhar na figura da índia Iracema o ideal do bom índio: fiel, singelo e honesto, mas cuja fala pela primeira vez se aproxima mais da oralidade do que dos modelos de diálogos europeus, em que o selvagem comunicava-se de igual para igual com os homens brancos. Na obra, o autor também consegue construir uma alegoria sobre a colonização
brasileira com o romance da índia (simbolizando a América) com o europeu Martim (cujo nome vem do deus greco-romano Marte, representante da guerra e da destruição).
Baseada nessa história de amor entre Iracema, a virgem dos lábios de mel, e de Martim, Alencar constrói uma lenda sobre a história da fundação do Ceará e do começo de sua população moderna, cheio de lirismos e imaginação romântica, musicalidade e construção de imagens, o que levou alguns críticos a considerá-lo mais um "poema em prosa" do que um romance propriamente dito.

Enredo

A história começa logo com a descrição de Iracema, em harmonia com a natureza, na perfeição de suas formas, pertencente à tribo dos tabajaras, filha do pajé Araquém e guardiã do segredo da jurema e do mistério do sonho, sendo a única capaz de fabricar a bebida de Tupã. Segundo a lenda, Iracema deveria permanecer virgem e intocável para sempre, caso contrário morreria. Entretanto, não demora muito para se apaixonar por Martim, sendo o primeiro encontro do casal na mata, onde Iracema dormia e o feriu com uma flecha imaginando que fosse um inimigo.
Martim tinha se perdido de seu amigo e guerreiro pitiguara Poti com quem havia saído para caçar, mas Iracema não se atém à isso e se apressa à levá-lo para sua tribo, já que era um hóspede considerado sagrado. Nota-se aí um processo de estranhamento e fascínio mútuo que domina o encontro dos indígenas com os povos brancos, sem que haja a suspeita das consequências desse encontro.



Iracema, por José Maria de Medeiros

Enquanto esperam a volta de Caubi, o irmão de Iracema que reconduziria o guerreiro branco às terras pitiguaras, Iracema se apaixona por Martim, mas não pode se entregar a ele e é daí que nasce a ideia do homem em tomar a bebida de Tupã, que, com seu poder alucinógeno, o faria imaginar estar possuindo a índia como se fosse realidade. Iracema acata o pedido e, enquanto ele imagina estar sonhando, ela se torna a "sua esposa". Nessa passagem, Alencar procurou fazer um paralelo entre a destruição da mata americana com a invasão portuguesa e da virgem Iracema, embora Martim não estivesse consciente de seus atos como os colonizadores.

Depois disso, Martim é ameaçado pelo enciumado chefe guerreiro Irapuã, que quer invadir a cabana de Araquém e matá-lo. Apesar da advertência de Araquém de que Tupã puniria quem machucasse seu hóspede, os guerreiros cercam a cabana, que é protegida por Caubi.
Iracema encontra Poti, que está próximo à aldeia dos tabajaras e deseja salvar o amigo. Sendo assim, planejam a fuga de Martim. Durante a preparação dos guerreiros tabajaras para a guerra, Iracema lhes serve o vinho da jurema e, enquanto os guerreiros deliram, leva Martim e Poti para longe da aldeia. Quando já estão em terras pitiguaras, Iracema revela a Martim que ela agora é sua esposa e deve acompanhá-lo. Entretanto, os tabajaras descobrem que Iracema traíra “o segredo da jurema” e os perseguem. Os pitiguaras, avisados da invasão dos tabajaras, juntam-se aos fugitivos e é travado um combate. Iracema luta ao lado de Martim contra a sua tribo.Os pitiguaras ganham a luta e ela se entristece pela morte dos seus irmãos tabajaras.



Iracema, quadro de Antônio Parreiras

A índia acompanha Martim e Poti e passa a morar com eles no litoral. Durante algum tempo, são muito felizes, e a alegria se completa com a gravidez de Iracema. Porém, Martim acaba por “saturar-se de felicidade” e seu interesse pela esposa e pela vida ao seu lado começa a esfriar ao lembrar-se da outra mulher que deixara em sua terra natal. Iracema se ressente da frieza do marido e sofre. Martim se ausenta com freqüência em caçadas e batalhas contra os inimigos dos pitiguaras. Enquanto guerreia, nasce seu filho, que Iracema chama de Moacir, que significa “nascido do meu sofrimento”, representante do início de uma nação.

Solitária e saudosa, Iracema tem dificuldade para amamentar o filho e quase não come. Desfalece de tristeza. Martim fica longe de Iracema durante oito meses e, quando volta, a encontra à beira da morte. Ela entrega o filho a Martim, deita-se na rede e morre, consumida pela dor. Poti e Martim enterram-na ao pé do coqueiro, à beira do rio.
O lugar onde viveram e o rio em que nascera o coqueiro passam a ser chamados de Ceará.
Martim parte das terras levando o filho e só retorna anos depois, acompanhado por outros brancos e sacerdotes para começar a catequização da terra selvagem, onde a narração termina com a frase "Tudo passa sobre a terra".

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Bem, no livro me lembro também que Iracema era acompanhada por uma espécie de pássaro, não me lembro o nome, mas que a deixa após o encontro dela com Martim, só voltando depois quando ela se sentia sozinha na ausência dele e na sua morte, onde cantava seu nome do alto do coqueiro por um longo tempo.

Recorri desse site aqui para fazer algumas passagens que ou eu não tinha entendido, ou já não me lembrava mais...

Se nem isso ajudou, melhor dar uma conferida na versão cinematográfica do livro aqui e aqui!!!
Não é o melhor filme do mundo, mas pode dar uma ajudada pra quem não leu nada do que eu escrevi!!!
E eu imaginava a Iracema de outro jeito!!!
;D
Sobre o livro, só tenho a falar uma coisa: Martim, seu **********!!!!!

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Sobre mim!

Juliana Fernandes, estudante de 18 anos com sérios problemas mentais, inaugura seu 123343º blog, desta vez com o intuito de reunir o máximo de informação possível para o vestibular (e coisas mais!)
Junto ao seu fiel parceiro invisível, sem nome e inexistente, ela continua sua árdua tarefa de manter-se atualizada para não levar mais tapas da profª de Matemática de Pinhal City, a roça!!
Não perca o próximo capítulo dessa incrível aventura!!


"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

- Clarice Lispetor


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